quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Caminhar...

Enquanto caminho a ermos passos torpes, as sombras passam por mim, estou a olhar o chão e sentir o vento em meu rosto.

Mesmo que eu suba o mais alto dos montes, há de se olhar para baixo e contemplar o abismo.

O desejo de voar então é latente.

O momento em fim... É de liberdade.

O céu não tem nuvens, mesmo assim não há sol.
Está escuro, mesmo assim não há sinal de chuva.

Poderia ser noite se eu não soubesse marcar o tempo.
Não haverá estrelas hoje.
A lua não mostrará sua glória.

Isso pouco importa.

Não serão vistos por estes olhos.

A terra é seca.
A terra é pó fino.
A terra é facilmente levada pelo vento.

Meus cabelos seguem o curso do vento.

Desprendo-me das amarras
Banho-me em lagrimas.
Abro os braços.
Respiro fundo
. Sinto o vento me abraçar.
Voar...









Falcão, seguir o curso do vento...