quinta-feira, 7 de maio de 2009
D e s e j o . . .
E então ela retorna, reacendendo em mim o desejo.
Mais uma vez, me encontro em depressão, pra variar.
E então desejo mais que qualquer coisa em todo o universo, a morte.
Não vejo motivos para caminhar, respirar, viver...
Não me tenha por um ingrato.
Em toda a minha vida, nunca houve algo real e concreto. Com 27 anos não há nada realizado e positivo na minha vida.
Acordar cedo, enfrentar um transito maldito, em um ônibus mais maldito ainda, trabalhar e receber um salário que não dá pra fazer quase que a metade das coisas que devo fazer... Se bem que esta é a realidade da maioria da população do nosso país.
Não consigo encontrar uma pessoa sequer a quem eu possa confiar. Todas as pessoas as quais eu conheço e ou conheci, me deram motivos o suficientes para isso.
Como diz um verso da enganosa, porém fatídica bíblia cristã: Maldito o Homem que confia no homem...
Nunca senti afeto verdadeiro por parte dos meus pais, respeito eles e muito, eles já agüentaram muita coisa que aprontei, tão prontamente, eles nunca receberam o retorno de minha pessoa. São pessoas já avançadas em idade, os quais ainda me toleram bastante, os quais se não fossem eles, estaria “vivendo” em uma condição mais miserável ainda.
Amigos são pouquíssimos. Que não dão nem uma mancheia se for contar. Bons confidentes, boas companhias, mas cada um tem a sua vida, ocupações e preocupações.
Tampouco existe alguém que eu possa amar. Feridas quanto a isto existem muitas, as quais eu acho que nunca irão cicatrizar.
Felicidade é um sentimento passageiro, não marca presença, e traz doces ilusões.
Não diga que estou sendo ingrato, injusto e ou reclamando da vida.
Não tenho do que reclamar, não tenho do que me orgulhar também. Porem vejo minha existência como algo totalmente inútil, e por mais que muitas pessoas pensem, sofredora. Sem conversa demagoga para comigo. Não estou na áfrica ou no nordeste, passando fome ou sede. Somente pessoas hipócritas costumam fazer essas associações a sofrimento.
Você pode ser cego, conseguirá ser feliz... Você pode ser paralítico, conseguirá ser feliz... Você pode passar fome e conseguira ser feliz...
Não existe felicidade para quem tem a alma como o vazio. Alma... O que seria a alma?...
Talvez este seja um escape para explicar algo complexo o qual parte do ego humano.
Então, eu a desejo, mais que qualquer coisa existente, e que possa vir a existir. Porem sou um covarde que não possui coragem ainda de tomar ela para mim.
Como eu disse em uma postagem anteriormente, bem antiga neste blog mesmo, o único motivo o qual eu ainda não cometi suicídio, foi pelos meus pais. Pois creio e vejo pelos meus vizinhos que nada é tão sofrido e vazio, quanto à perda de um filho. E por mais que não haja um sentimento entre eu e meus pais, e viceversa, eu os respeito e não quero isto para eles, no que resta de vida deles.
Mas um dia eles irão fechar os olhos e talvez lá eu já tenha mudado de idéia quanto a isto, como tem ocorrido de uns tempos para cá.
Também não tenho nada para deixar pra alguém. Muito menos alguém pra deixar algo, a não ser este PC do qual serve como refugio mental, para não me enlouquecer, algumas roupas, e pouquíssimos pertences. Os quais eu comprei com meu próprio dinheiro sem ajuda de ninguém.
Também não quero uma morte que de trabalho para as pessoas após eu partir... Reconhecimento de corpo, funerária, velório, cemitério, enterro... Tudo isto dá muito trabalho e custa muito dinheiro, que provavelmente será minha irmã mais velha, talvez meu irmão também que irá custear.
Eu queria uma morte indolor e rápida se possível. Sem definhamento, apenas deixar de existir... Uma explosão talvez... Uma bala na cabeça (e destruição do corpo, lógico).
Talvez eu esteja querendo demais, mas este é o meu desejo acima de tudo...
Ainda pelo fato de eu ser covarde...
segunda-feira, 4 de maio de 2009
.
Os olhos já muito cansados de ver tamanha falsidade
As mãos já muito calejadas pela procura de apoio
Os pés inchados pela árdua caminhada
A boca que não encontra mais o movimento do sorriso
Os ouvidos que não escutam mais nenhuma palavra
Contemplam a lua
Tocam o vento
Marcam a areia
Sussurram ao vento
Percebem o nada
Capaz... de chegar... ao
Coração, que como uma gélida rocha
Tranca as portas da alma
Cerca o corpo com espinhos
Ergue as muralhas do espírito
E nas sombras eternas desta fortaleza
Caminho
Sem direção, sem sentido, sem razão, sem motivo
Sem começo, sem destino
Solitário
Respirando
Falcão, seguir o curso...
Do vento...
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